O
papa Francisco proclamou domingo (16) dois novos santos latino-americanos
durante uma cerimônia solene que reuniu cerca de 80 mil fiéis no Vaticano. O
argentino José Gabriel Brochero (1840-1940), o menino mexicano José Sánchez del
Río (1913-1928), os Franceses Salomón Leclercq (1745-1792) e Isabel de la
Santísima Trinidad Catez (1877-1906), o espanhol Manuel Gonzáles García
(1877-1906) e os italianos Ludovico Pavoni (1784-1849) e Alfonso María Fusco
(1839-1910) foram alçados à glória dos altares por serem exemplo de dedicação
aos pobres e aos doentes, e por sacrificar a própria vida por sua fé.
Milhares
de pessoas, entre eles o presidente argentino Mauricio Macri e a ministra
francesa da ecologia, Ségolène Royal, assistiram a cerimônia.
Segundo
as normas do Vaticano, é necessário demonstrar que o candidato ao menos dois
milagres para que ele possa ser proclamado santo. Com essas canonizações,
Francisco se converte num dos pontífices que mais proclamou santos em três anos
de pontificado, entre eles os papas João XXIII e João Paulo II em 2014 e a
Madre Teresa de Calcutá este ano.
A
chamada “fábrica dos santos” é uma máquina burocrática complexa que estuda a
vida e os milagres atribuídos aos candidatos à honraria.
Em
27 anos de pontificado, João Paulo II(1978-2005) proclamou 480 santos, um
recorde na história da Igreja católica. No início do ano, Francisco aprovou
normas para o financiamento das causas de beatificação e canonização, uma maneira
de garantir uma maior transparência depois do escândalo conhecido como
Vatileaks2, no qual foram denunciadas as somas elevadas que algumas
congregações religiosas gastaram para alcançar a beatificação ou a canonização
de seus protetores. O papa Francisco canonizou domingo (16) o primeiro santo
argentino, José Gabriel del Rosario Brochero. Nascido em 1849, na província de
Córdoba, Brochero foi um dos mais famosos católicos da Argentina. Morreu em
1914, depois de viver anos com lepra, doença que ele disse ter contraído de um
de seus fiéis.