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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Papa Francisco canoniza primeiro santo argentino

O papa Francisco proclamou domingo (16) dois novos santos latino-americanos durante uma cerimônia solene que reuniu cerca de 80 mil fiéis no Vaticano. O argentino José Gabriel Brochero (1840-1940), o menino mexicano José Sánchez del Río (1913-1928), os Franceses Salomón Leclercq (1745-1792) e Isabel de la Santísima Trinidad Catez (1877-1906), o espanhol Manuel Gonzáles García (1877-1906) e os italianos Ludovico Pavoni (1784-1849) e Alfonso María Fusco (1839-1910) foram alçados à glória dos altares por serem exemplo de dedicação aos pobres e aos doentes, e por sacrificar a própria vida por sua fé.
Milhares de pessoas, entre eles o presidente argentino Mauricio Macri e a ministra francesa da ecologia, Ségolène Royal, assistiram a cerimônia.
Segundo as normas do Vaticano, é necessário demonstrar que o candidato ao menos dois milagres para que ele possa ser proclamado santo. Com essas canonizações, Francisco se converte num dos pontífices que mais proclamou santos em três anos de pontificado, entre eles os papas João XXIII e João Paulo II em 2014 e a Madre Teresa de Calcutá este ano.
A chamada “fábrica dos santos” é uma máquina burocrática complexa que estuda a vida e os milagres atribuídos aos candidatos à honraria.
Em 27 anos de pontificado, João Paulo II(1978-2005) proclamou 480 santos, um recorde na história da Igreja católica. No início do ano, Francisco aprovou normas para o financiamento das causas de beatificação e canonização, uma maneira de garantir uma maior transparência depois do escândalo conhecido como Vatileaks2, no qual foram denunciadas as somas elevadas que algumas congregações religiosas gastaram para alcançar a beatificação ou a canonização de seus protetores. O papa Francisco canonizou domingo (16) o primeiro santo argentino, José Gabriel del Rosario Brochero. Nascido em 1849, na província de Córdoba, Brochero foi um dos mais famosos católicos da Argentina. Morreu em 1914, depois de viver anos com lepra, doença que ele disse ter contraído de um de seus fiéis.

sábado, 15 de outubro de 2016

Moro condena ex-senador do PTB a 19 anos por corrupção

Segundo investigação, Gim Argello cobrou propina de empreiteiras em 2014

O juiz Sérgio Moro condenou ontem o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) a 19 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. Gim foi preso em abril na Operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato. Segundo a investigação, em 2014, o então senador integrava duas CPIs da Petrobrás e teria cobrado R$ 5 milhões de empreiteiras para evitar a convocação de executivos. A Lava Jato diz que Gim recebeu R$ 7,35 milhões da UTC, Toyo Setal e OAS em 2014, ano que foram instauradas duas CPIs. Em ambas, nenhum empreiteiro foi convocado.

Ex-articulador de Dilma
Ao sentenciar o ex-parlamentar, que foi articulador da base da então presidente Dilma Rousseff no Congresso, o juiz afirmou que “causa espécie” Gim considerar normais reuniões de parlamentares das CPIs com executivos que poderiam ser investigados. “A prática de crimes pro parlamentares, gestores da lei, é reprovável, mas diante de traição tão básica de seus deveres públicos e em um cenário de crescente preocupação com os crimes contra a Petrobras”. Gim foi absolvido do crime de organização criminosa.
Na mesma sentença, Moro impôs ao empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, 8 anos e 2 meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de Dinheiro.

Ricardo Pessoa
Outro empreiteiro, Ricardo Pessoa, da UTC, pegou 10 anos e 6 meses de prisão pelos mesmos crimes. Ricardo Pessoa é delator da Lava Jato e cumprirá a pena estabelecida em seu acordo de colaboração premiada.

Juiz aceita denúncia e Lula vira réu pela terceira vez

O juiz Vallisney de Sousa Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília, aceitou integralmente quinta-feira (13) a denúncia contra o ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher do petista, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais oito pessoas. Todos são acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal de terem envolvimento em fraudes envolvendo contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Eles responderão por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e tráfico de influência. Lula passa a ser réu em três ações penais. Além dessa, envolvendo o BNDES, há outra sobre uma suposta tentativa de obstruir a Lava Jato. Na terceira, ele é acusado de receber vantagens indevidas da OAS, como a reforma no tríplex do Guarujá e armazenamento do acervo pessoal. Lula nega todas as acusações.