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sábado, 15 de outubro de 2016

Moro condena ex-senador do PTB a 19 anos por corrupção

Segundo investigação, Gim Argello cobrou propina de empreiteiras em 2014

O juiz Sérgio Moro condenou ontem o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) a 19 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. Gim foi preso em abril na Operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato. Segundo a investigação, em 2014, o então senador integrava duas CPIs da Petrobrás e teria cobrado R$ 5 milhões de empreiteiras para evitar a convocação de executivos. A Lava Jato diz que Gim recebeu R$ 7,35 milhões da UTC, Toyo Setal e OAS em 2014, ano que foram instauradas duas CPIs. Em ambas, nenhum empreiteiro foi convocado.

Ex-articulador de Dilma
Ao sentenciar o ex-parlamentar, que foi articulador da base da então presidente Dilma Rousseff no Congresso, o juiz afirmou que “causa espécie” Gim considerar normais reuniões de parlamentares das CPIs com executivos que poderiam ser investigados. “A prática de crimes pro parlamentares, gestores da lei, é reprovável, mas diante de traição tão básica de seus deveres públicos e em um cenário de crescente preocupação com os crimes contra a Petrobras”. Gim foi absolvido do crime de organização criminosa.
Na mesma sentença, Moro impôs ao empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, 8 anos e 2 meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de Dinheiro.

Ricardo Pessoa
Outro empreiteiro, Ricardo Pessoa, da UTC, pegou 10 anos e 6 meses de prisão pelos mesmos crimes. Ricardo Pessoa é delator da Lava Jato e cumprirá a pena estabelecida em seu acordo de colaboração premiada.

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