Segundo investigação, Gim Argello cobrou propina de
empreiteiras em 2014
O
juiz Sérgio Moro condenou ontem o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) a 19 anos de
prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de
organização criminosa. Gim foi preso em abril na Operação Vitória de Pirro, 28ª
fase da Lava Jato. Segundo a investigação, em 2014, o então senador integrava duas
CPIs da Petrobrás e teria cobrado R$ 5 milhões de empreiteiras para evitar a
convocação de executivos. A Lava Jato diz que Gim recebeu R$ 7,35 milhões da
UTC, Toyo Setal e OAS em 2014, ano que foram instauradas duas CPIs. Em ambas,
nenhum empreiteiro foi convocado.
Ex-articulador
de Dilma
Ao
sentenciar o ex-parlamentar, que foi articulador da base da então presidente
Dilma Rousseff no Congresso, o juiz afirmou que “causa espécie” Gim considerar
normais reuniões de parlamentares das CPIs com executivos que poderiam ser
investigados. “A prática de crimes pro parlamentares, gestores da lei, é
reprovável, mas diante de traição tão básica de seus deveres públicos e em um
cenário de crescente preocupação com os crimes contra a Petrobras”. Gim foi
absolvido do crime de organização criminosa.
Na
mesma sentença, Moro impôs ao empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, 8
anos e 2 meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de Dinheiro.
Ricardo
Pessoa
Outro empreiteiro,
Ricardo Pessoa, da UTC, pegou 10 anos e 6 meses de prisão pelos mesmos crimes.
Ricardo Pessoa é delator da Lava Jato e cumprirá a pena estabelecida em seu
acordo de colaboração premiada.
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