O
secretário de Acompanhamento do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse
no dia 17 de junho que o crescimento da economia brasileira “pode surpreender”
no próximo ano. De acordo com ele, quando se conversa com analistas das
instituições privadas, as estimativas são muito diferentes do que apontam o
boletim semanal Focus, que projeta expansão de 0,5% do Produto Interno Bruto
(PIB) em 2017. “Temos vários bancos que já estão trabalhando com crescimento
entre 1% e 1,5% em 2017”, disse. De acordo com ele, “muita gente fala” que o
crescimento potencial do PIB hoje é de 2% a 2,5% ao ano, mas o País está
partindo de uma base de comparação muito baixa, em um cenário onde o nível de
ociosidade na capacidade instalada é muito grande. Em função disso, de acordo
com Mansueto, não só em 2017, mas os próximos anos podem surpreender em termos
de crescimento econômico.
“Isso
vai depender de tudo o que está sendo feito agora, como ganhar a confiança do
mercado e fazer uma agenda de concessões”, disse ele. Mansueto afirmou também
que “não estão corretas” as avaliações de que a meta de déficit primário para
este ano, de R$ 170,5 bilhões, é um artifício que abre espaço para mais gastos
por parte do governo. De acordo com ele, o que explica a meta, quando comparada
a números anteriores, é que estava em vigor para este ano um orçamento que
considerava um crescimento real de arrecadação de 9%.
“Como
se pode ter, em um ano de recessão, um crescimento na arrecadação? Nunca”,
questionou, acrescentando que o orçamento aprovado anteriormente era uma “peça
fictícia”.
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