SÃO
PAULO – João Santana, marqueteiro das campanhas de 2010 e 2014 da presidente
Dilma Rousseff, está sob investigação da Polícia Federal e do Ministério
Público na Operação Lava-Jato, segundo revelou neste sábado (07) uma revista
brasileira. Santana teria recebido dinheiro secretamente por meio de contas
mantidas no exterior. O marqueteiro diz que tem quatro empresas no exterior e
que nenhum dinheiro recebido lá fora vem de trabalhos feitos no Brasil. Santana
fala ainda em “distorção motivadas por interesses políticos”.
Autoridades
da Suíça, segundo a publicação, enviaram a investigadores brasileiros informações
que apontam indícios de que dinheiro do petróleo pagou, no exterior, despesas
de campanha do PT. Segundo uma revista brasileira, um investigador do caso
declarou que “nunca antes a Lava-Jato chegou tão perto do Palácio do Planalto”.
Em
nota divulgada neste sábado, João Santana, diretor-presidente da Polis
Propaganda, diz: “é fato notório – e por mim amplamente divulgado – que tenho,
há vários anos, quatro empresas de marketing político no exterior”.
O
marqueteiro esclarece ainda que “desde o início, as atividades destas empresas
foram informadas aos órgãos de fiscalização brasileiros, como manda a lei” e
que suas movimentações financeiras e contas no exterior estão associadas,
exclusivamente, a trabalhos realizados por estas empresas.
“Nenhum
recurso é oriundo de trabalhos feitos no Brasil. As campanhas e serviços de marketing
que minhas empresas nacionais realizam no nosso país, seguiram estritamente as
normas legais, com recolhimento integral dos tributos. Sou o profissional brasileiro
de marketing político com maior presença internacional, e, na minha área específica,
provavelmente o empresário que mais paga impostos no Brasil. Qualquer ilação –
ou desvio interpretativo desta realidade – constituem erros graves ou distorções
motivadas por interesses políticos”, diz ainda a nota de Santana.
Duda Mendonça admitiu pagamentos no
exterior
Outro
marqueteiro de campanhas petistas, Duda Mendonça admitiu à CPI dos Correios que
recebera no exterior pagamento por serviços prestados durante a eleição do
ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Na época da CPI, Mendonça declarou
que, em 2002, fez um pacote de trabalhos de propaganda para o PT, que incluía a
campanha do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, e cobrou cerca de R$ 25
milhões.
João Santana é
sucessor de Duda Mendonça.
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